004
INÚTIL PAISAGEM
NUNO GRANDE, Pelouro da Cultura
MAI.2002 |
|
A queda e a (re)construção da Ponte Hintze Ribeiro, em Castelo de Paiva, evidenciam questões que importa salientar no âmbito do nosso território. Na verdade, aquele desastre veio a revelar o que aparentemente já sabíamos Portugal é um país de distintos estratos (infra)estruturais que não se articulam, não se conjugam, não se compreendem, apenas coexistem indiferentes na paisagem como factos arqueológicos do engenho humano.
O território e a sua estruturação foram sempre um problema da tecnocracia estatal. Na nossa História recente, quando o Estado se revelava empreendedor e ideologicamente musculado, o país infraestruturava-se; quando o mesmo Estado perdia fôlego, as frentes de trabalho interrompiam-se, as infraestruturas degradavam-se e o tempo ficava preso até que novas dinâmicas surgissem, impondo e sobrepondo mais um estrato reorganizador, quase sempre em desarticulação com os anteriores.
O Estado Novo, preocupado com a Urbanização das cidades, esqueceu progressivamente o hinterland que fora sulcado pelo caminho-de-ferro do Fontismo. O Marcelismo intensificou esse corte paisagístico lançando grandes Circulares Urbanas. O Cavaquismo simbolizou, no período democrático, o salto de escala territorial, apostando nas ligações viárias das Áreas Metropolitanas ao centro da Europa. Entre as linhas férreas de Oitocentos e as auto-estradas do fim de Novecentos, as nossas infraestruturas perderam progressivamente a sua relação com o suporte físico; ou seja, parecem ter descolado de uma inútil paisagem.
Quando, em Março de 2001, a precária passagem de Entre-os-Rios se desmoronou nas águas do Douro, e logo se anunciaram novas e mais eficientes pontes ou viadutos para a substituírem, essa descolagem tornou-se gritante. Dois tempos de um mesmo país, dois estratos de um mesmo lugar confrontaram-se repentinamente, e então percebemos como, também aqui, nos temos esquecido desse território interior e também anterior. Esperamos por agora, atentamente, a chegada do TGV.
|
Fonte/Autoria da Imagem: CEFA/FCG, Políticas Urbanas, 2002
|
|
|
|
|
|
|
095
|
Tomada de Posse do NARC
|
|
092
|
Conselho Nacional das Profissões Liberais defende regulamentação profissional
|
|
090
|
PNPOT Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território
|
|
082
|
PROJECTOS DE ARQUITECTURA em formatos digitais não editáveis
|
Ordem dos Arquitectos
|
080
|
NOTA INFORMATIVA | Deliberação do Provedor
|
|
076
|
REGULAMENTO DE CERTIFICAÇÃO DE INSCRIÇÃO
|
|
075
|
REGULAMENTO DE PROCEDIMENTO DISCIPLINAR - anteprojecto
|
CDN
|
074
|
REGULAMENTO INTERNO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO
|
CDN
|
073
|
MOÇÃO DE ORIENTAÇÃO GLOBAL APROVADA NO CONGRESSO
(Inclui Aditamento sobre o RIA)
|
CDN
|
072
|
COLÉGIO DE ESPECIALIDADE DE URBANISMO
|
HELENA ROSETA
|
068
|
PROGRAMA POLIS EM CHAVES
|
HELENA ROSETA
|
053
|
ENCOMENDA PÚBLICA DE ARQUITECTURA E CIDADANIA - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
|
FERNANDO GONÇALVES, LNEC
|
052
|
SEMINÁRIO ENCOMENDA PÚBLICA E CONCURSOS DE ARQUITECTURA - REFLEXÃO SOBRE OS RESULTADOS
|
JOSÉ MANUEL FERNANDES, IAC
|
051
|
ENCOMENDA PÚBLICA E CONCURSOS DE ARQUITECTURA
|
CARLOS GUIMARÃES
|
050
|
EXPOSIÇÃO DOCUMENTAL DE PROCESSOS DE ENCOMENDA
|
ANDRÉ TAVARES
FILIPA GUERREIRO
|
049
|
UM DEBATE EM ABERTO
|
NUNO GRANDE
|
048
|
ENCOMENDA PÚBLICA E CONCURSOS
|
PELOURO DA ENCOMENDA E PRÁTICA PROFISSIONAL
|
046
|
ARQUITECTURA PORTUGUESA RECENTE
|
PELOURO DA CULTURA
|
044
|
PETIÇÃO DIREITO À ARQUITECTURA : REVOGAÇÃO DO 73/73
|
54.678 SUBSCRITORES
|
042
|
DIREITO À ARQUITECTURA : BREVE HISTORIAL
|
HELENA ROSETA
|
041
|
BOLETIM 123 : pI 1
|
ANDRÉ TAVARES
|
040
|
DIREITO À ARQUITECTURA
|
HELENA ROSETA
|
032
|
ESTÁGIO DA (DES)ORDEM II
|
JOSÉ SALGADO (CRA)
|
031
|
ASSEMBLEIA GERAL DO NARC
|
FLORINDO BELO MARQUES, Narc
|
030
|
CONCURSOS OU A ENCOMENDA PÚBLICA DE ARQUITECTURA
|
Pelouro da Encomenda e Prática Profissional
|
027
|
A NOVA CASA DE ÁLVARES CABRAL
|
CARLOS GUIMARÃES
|
023
|
BARREIRAS ARQUITECTÓNICAS
|
SUSANA MACHADO
|
022
|
UMA NOVA SEDE PARA OS ARQUITECTOS
|
CARLOS GUIMARÃES
|
019
|
AUTOBIOGRAFIA-CRÍTICA
|
ANDRÉ TAVARES
|
017
|
REGRAS CLARAS E JUSTAS
|
JOSÉ SALGADO, Conselho Regional Admissão
|
016
|
OS TELEFONES AINDA TOCAM?
|
ANDRÉ TAVARES
|
013
|
DOIS ARQUITECTOS E UMA REFLEXÃO
|
TEOTÓNIO SANTOS, Núcleo de Braga
|
012
|
DAY AFTER: ESTARÃO OS ARQUITECTOS PREPARADOS?
|
CRISTOVÃO IKEN, Conselho Regional Disciplina
|
011
|
SITUAÇÃO-CRÍTICA
|
ANDRÉ TAVARES, Pelouro Comunicação
|
009
|
A FORMA ÉTICA DA ARQUITECTURA
|
TEOTÓNIO SANTOS, Núcleo Braga
|
008
|
MUITOS E VARIADOS CONCURSOS
|
ANDRÉ TAVARES
|
005
|
A RUÍNA DOS ARQUITECTOS
|
ANDRÉ TAVARES
|
004
|
INÚTIL PAISAGEM
|
NUNO GRANDE, Pelouro da Cultura
|
003
|
TRÊS POSSÍVEIS CONSENSOS
|
JORGE FIGUEIRA, Pelouro da Cultura
|
002
|
INFORMAÇÃO E OPINIÃO INFORMADA
|
CARLOS GUIMARÃES, Conselho Directivo Srn
|
001
|
pI. 3.141592654
|
ANDRÉ TAVARES, Pelouro da Comunicação
|
|
|