Maria Valladares Pacheco Moita arquitectura para o desenvolvimento. intervenções de emergência e de permanência no sudoeste asiático Consulte o Blogue da vencedora da 3ª edição do Prémio Fernando Távora, Maria Moita que disponibiliza registos do seu percurso de viagem, editados ao longo da viagem que passará pelo Sri Lanka e Timor Leste.
Maria Moita propõe-se visitar países que sofreram as consequências de catástrofes naturais e de conflito bélico (Sri Lanka e Timor Leste). O objectivo da proposta, na sequência da sua experiência em Timor-leste no projecto de construção e reconstrução de escolas, promovido pelo Banco Mundial e Ministério da Educação local, é analisar conceitos de desenvolvimento na perspectiva do arquitecto, ou seja de que modo pode este construir ou contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas, e em que medida pode esta intervenção potenciar capacidades locais.
O Júri congratulou-se pela qualidade e excelência de grande parte das propostas concorrentes e reconheceu que o trabalho premiado se distinguia pela convicção, sublinhada no texto submetido na candidatura, que a arquitectura pode e deve ser uma mais valia no processo de reconstrução em locais remotos que sofreram as consequências devastadores de desastres naturais ou bélicos. Salientou ainda duas componentes nesta proposta que importa assinalar: o profundo compromisso para o exercício da cidadania no mundo globalizado; o reconhecimento da importância de propor soluções rigorosas proporcionadas pelos recursos locais que, de algum modo consubstanciam uma linguagem mais depurada, vital para a cultura contemporânea.
Quer pela qualidade, quer pelos objectivos, a proposta de Maria Moita honra a obra de Fernando Távora.
Imagem | Escola primária em Fohorem, distrito de Covalima em Timor-leste © DR

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