OASRN

Concurso de Concepção para Elaboração do Projecto de Loteamento Urbano e dos Projectos das Obras de Urbanização no âmbito da Unidade de Execução da UOPG 1 - Avenida Nun'Álvares



Começando por manifestar o seu agrado pelo número de propostas apresentadas a concurso e pela qualidade da generalidade das mesmas, não quis o Júri do concurso deixar de destacar a contributo prestado na afirmação da importância da Arquitectura e do Urbanismo no desenvolvimento das nossas cidades.

De entre os 12 projectos apresentados e hierarquizados, destacam-se os 5 primeiros classificados, seleccionados para efeitos de posterior procedimento de Ajuste Directo:

1.º Classificado - Paulo Silvestre Arquitecto - Sociedade Unipessoal, Lda.

2.º Classificado - António Paulo Costa Santos Madureira Marques

3.º Classificado -João Álvaro Rocha Arquitectos, S.A.

4.º Classificado -Carlos Prata/ João Pedro Serôdio/ Nuno Brandão Costa

5.º Classificado - G.O.P.- Gabinete de Organização e Projectos, Lda./ Rui Barros Silva, Arquitecto

Conforme se extrai do Relatório Final do Júri, considera este que o concorrente Paulo Silvestre Arquitecto - Sociedade Unipessoal, Lda. apresenta "uma proposta muito cuidada, quer do ponto de vista da análise, quer do desenho, apresentando uma boa solução urbanística, bem estruturada, convenientemente articulada com a malha urbana existente e com a estrutura fundiária, relevando por isso um elevado potencial de desenvolvimento."
Com um traçado para a rede viária claro, bem articulado com a rede existente, a proposta apresenta uma estratégia de mobilidade coerente, que atribui grande importância aos percursos de peões e cicláveis e um espaço público bem estruturado. O modelo de ocupação urbana assenta numa estrutura de quarteirões fechados ou semi-fechados, com edifícios de 3/4 pisos, até um máximo de 7 pisos nos extremos.

A proposta do concorrente António Paulo Costa Santos Madureira Marques, que segundo o Júri revela potencial de desenvolvimento, apresenta "(...) uma boa solução urbanística, revelando adequada articulação com a malha urbana existente e encontrando-se sustentada numa boa análise (...)". Uma rede viária bem resolvida e convenientemente articulada com a existente, uma estratégia de mobilidade coerente, um espaço público bem estruturado e articulado com a envolvente urbana, são alguns dos aspectos destacados. O modelo de ocupação proposto conjuga edificação isolada de 6 pisos em quarteirão do lado Norte da Avenida, um edifício de 8 a 12 pisos a rematar o extremo Nascente e moradias predominante no lado Sul.

Em relação à proposta apresentada pelo concorrente João Álvaro Rocha Arquitectos, S.A., cabe destacar, conforme refere o Júri, a solução apresentada para o perfil da Avenida "(...) com um generoso separador central que agrega as linhas de água e onde se permitem actividades lúdicas (estrutura verde, espaços para recreio e lazer, ciclovia)". É também destacada a coerente estratégia de mobilidade, considerando o Júri, que a proposta apresenta algum potencial de desenvolvimento.
Quanto ao modelo de ocupação, predominam os blocos com cérceas de 6 pisos, rematados nos extremos por blocos isolados com 11, 12 e 14 pisos.

Os arquitectos Carlos Prata, João Pedro Serôdio e Nuno Brandão Costa, optaram por um modelo de ocupação constituído sobretudo por blocos isolados, perpendiculares à avenida, com cérceas que variam entre os 2/3 pisos nas moradias a Nascente e 5 pisos nos blocos de edificação colectiva a Poente.
Conforme caracterizada pelo Júri, trata-se de uma "proposta de apurado desenho, apresentando uma solução urbanística interessante e coerente, de malha reticular com blocos isolados, em que se privilegia a componente ambiental, caracterizada por espaços verdes expressivos, em contínuo, que integram as linhas de águas existentes."

A posposta do concorrente G.O.P.- Gabinete de Organização e Projectos, Lda./ Rui Barros Silva, Arquitecto, aposta num modelo de ocupação onde predominam os blocos isolados, com cérceas de 7 pisos. "Quanto à rede viária, considera-se a proposta satisfatória quanto à sua articulação com a rede viária envolvente, prevendo a possibilidade de prolongamento da Avenida Nun'Alvares para Matosinhos." Embora com algumas ressalvas é, segundo o Júri, uma proposta com algum potencial de desenvolvimento.

A cada um dos 5 concorrentes seleccionados será atribuído um Prémio de Consagração no valor de 5.000€.

O Júri foi presidido pelo Dr.º Gonçalo Gonçalves (Vereador do Pelouro do Urbanismo e Mobilidade da Câmara Municipal do Porto) e integrou os Arquitectos José Carapeto (designado pela Câmara Municipal do Porto), Rui Mealha (designado pela OASRN), e Pedro Aroso (designado pelas Juntas de Freguesia de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde) e o Professor Fernando Brandão Alves (em representação da Universidade do Porto).

O concurso de concepção contou com a Assessoria Técnica da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OASRN).