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18 INTERVENÇÕES DA OASRN
Recomendação CDRN | Cartão vermelho no acesso à profissão
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O Património Arquitectónico e Paisagístico
Prática profissional dos Arquitectos
Cartão vermelho no acesso à profissão
E porque o tempo passa e os assuntos mantêm-se actuais. O que expomos acompanha, diariamente, a realidade de todos os que pretendem ser Arquitectos. É urgente, a Ordem assumir um modelo que promova uma maior consciencialização e envolvimento crítico de todos, nos desafios institucionais.
É imperativo uma representatividade mais coesa e interventiva na defesa dos valores e interesses comuns à nossa classe profissional, transmitindo uma imagem menos genérica e bidimensional do que é o trabalho do Arquitecto, o seu campo de acção, bem como os serviços que presta.
A Ordem deve assumir um papel central na valorização da participação pública, nos processos de avaliação, decisão, transformação e reabilitação das cidades e do território e promover o respeito pela história do património.
Somos profissionais com formação técnica, artística e social; temos um papel activo, gerador de mais-valia na construção da sociedade, com reconhecimento de interesse público.
Acreditamos que a acção do arquitecto resulta em grande parte da qualidade da sua formação, e consideramos como incipiente a preparação dos estagiários no contexto laboral e na adequação do conhecimento técnico.
Por imperativo das alterações de carácter académico, embora com conteúdos e plataformas de estudo mais abrangentes, o conhecimento do exercício da profissão é cada vez mais vago, resultando numa desapoiada entrada no mundo do trabalho.
O actual processo de inscrição desresponsabiliza a Ordem de garantir ao estagiário uma ligação consciente e real entre aquele que foi o seu percurso académico e aquele que será o seu percurso profissional.
O processo é vazio de objectivos, indefinido nas directrizes e conteúdos do percurso de acesso a uma profissão que é regulada por uma ordem profissional.
A Ordem não se preocupa em criar condições e ferramentas estratégicas de suporte, a um estágio que exige, e que ainda assim, não identifica qual o seu papel no percurso de cada Arquitecto.
Assim, recomenda-se que a Ordem defina claramente as regras de acesso à profissão, que crie condições para que o estágio seja um período de aquisição de competências, que se responsabilize pelo processo de estágio, que se empenhe para um adequado exercício da profissão e que consiga criar um documento que espelhe valores e mais valias para os futuros Arquitectos.
Porto, 21 de Setembro de 2018
Pelo Conselho Directivo Regional Norte
Editor
Pedro Rocha Vinagreiro Ana Caridade
Contacto
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